segunda-feira, 26 de setembro de 2011

A Vingança da Noite

A Vingança da Noite

A noite já está cansada de caminhar na curva do céu,
Como um andarilho que usa de apoio um bastão,
A escuridão começa a escorrer-lhe pelas mãos,
A madrugada inicia a levantar o seu próprio véu.

Os pássaros numa rapidez, numa urgência que urgia,
Vinham como sacerdotes em místicas práticas,
Evocar, com suas vozes, conjurações galácticas,
Praticando uma estranha e belíssima liturgia.

Os pássaros exorcizam do céu as noturnas trevas,
E conjuram os raios solares da nascente manhã.
A noite parte pesada como um enorme leviatã,
Mas em sua rede, em vingança, todas as estrelas leva!

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