A Caminho do Cemitério
Trago um semblante de triste face, calma,
Porque minha face lívida é a vidraça,
Tênue, sutil, através da qual perpassa,
A penumbra sombria da minha alma.
Trago duas poças fundas de mágoas,
Que são meus olhos sempre marejados,
Olhos estes, meus, que de tão magoados,
Só fazem compungir-se e verter água.
E ao fundo da minha torácica caixa,
Um coração que do luto a triste faixa,
Negra sempre exibe, assim, funéreo.
E quando me vejo de um jeito absoluto,
Sei que sou um imenso cortejo de luto,
Caminhando lentamente para o cemitério.
Como sempre, perfeito!
ResponderExcluirEsse eu retirei do FB. É o comentário de uma querida amiga.
ResponderExcluirAline Gervásio
Olá Tarsis, no soneto em que você trata de dor e morte, conseguiu cuidar de um tema difícil com delizadeza, elegância e profundidade! Parabéns por este e pelos demais poemas do Blog! Obrigada por compartilhar! Abraço
Em resposta, eu digo, obrigado a vc, Aline. Continue seguindo! bjs
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