Algo Que se Quebrou
Ausências, alheamentos, solidez aos cacos,
Se estou dentro, quase morro de inércia,
Se saio, temo que uma força disperse a,
Minha vontade, feita de desejos fracos.
Quisera comer iguarias no lugar de areia,
E que a água não se fizesse em minha boca, pó,
Olho para os lados – ninguém – estou só.
Levado pelas correntes duma maré cheia.
O tempo e a doença fizeram-me triste traste,
Um moribundo que procura sua própria cova,
Tentando encontrar pelo caminho algum desastre.
Vou caminhando ininterruptamente, assim,
A cada vez tenho mais concreta a prova,
De que definitivamente algo se quebrou dentro de mim.
Muito lindo! Mas quanta tristeza! Beijos
ResponderExcluirOi Cyn, obrigado pela participação! É o mal do século... hehehe!
ResponderExcluirEsse eu pesquei do FB, comentário da minha amiga Danieli
ResponderExcluirDanieli Sant'Ana publicado em Tarsis Sarlo
Amei esse poema! É o registro fiel do poeta Tarsis. Quanta doçura ao falar de tristeza