Fim do Mistério
A morte retira o senso, retira dos planos a lógica,
Dos anos retira os dias, da vida, anos, futuro,
A mentira, por seu turno, é um indevassável muro,
Mãe de um discurso de prosopopéia demagógica.
Sendo a morte o que se deparará na final encruzilhada,
De que vale falar da vida, da evolução, ou de amores,
Se vem a morte ou a mentira a trazer-nos as mesmas dores,
A alma sempre trespassada pelo frio gume dessa espada.
Por isso que minhas cordas poucos se plangem,
Por amigos, por amores, pela vida, ou por laços,
Se mentira e morte a tudo reduzem a tristes bagaços.
Seja porque pessoas morrem, seja porque fingem,
Por isso que sôo triste, sôo melancólico, tão sério,
Sei que o que não é mentira é morte, fim do mistério.
Neste poema, muito bonito por sinal.
ResponderExcluirDestacaria as seguintes frases, por ter me chamado bastante a atenção a relação da morte ou mentira, parecem muito próximas.
"Se vem a morte ou a mentira a trazer-nos as mesmas dores,
Seja porque pessoas morrem, seja porque fingem,"