quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Cuida-te

Cuida-te

Não sei mais do teu sorriso. Não sei mais,
Não distingo, não seu mais do seu pranto,
Eu não sei mais palavras de acalanto,
Não reconheço seus novos comensais.

Não sei se choras, se choras de fato,
Ou se segues o roteiro já então escrito,
Se se trata de um ensaiado frio rito,
Para aparecer que choras, no retrato.

Não sei se fazes o que então não fazias,
Para sair estampada sua belíssima farsa.
Brindando nos cristais rachados de uma taça,
Mais uma vez em uma fotografia,

Mas a foto o tempo carcome e amarela,
E o véu da mentira o mesmo tempo esgarça
E cuida que os comensais a fortuna esparsa,
E da tua mentira te ficarão as seqüelas.






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