Como saber da morte
Perguntas-me como posso, sobre a morte,
Falar de forma tão detalhada como falo,
É que, com seu negro e tenebroso halo,
Ela marcou completamente a minha sorte.
Aquele monstro de breu e rutilâncias,
Que em outras páginas já descrevi,
Assombra-me desde o primeiro momento em que vivi,
Desde a mais antiga de todas minhas infâncias.
E vendo que meu corpo ainda lhe resiste,
A morte, estrategista, fria e calma,
Houve por bem assassinar-me a alma.
Alma morta, o que em mim se assiste,
O que em mim se pode ver então,
É u m grande vazio de um funéreo salão.
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