quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Férrea Solidão

Férrea Solidão
Haverá algo que seja mais solitário,
Que um maquinista de um trem de carga,
Que bebe a noite como bebida amarga,
Conversando com companheiro imaginário?

Os faróis potentes iluminam a estrada escura,
Mas não clareiam a treva densa,
Da solidão. E ele provavelmente pensa,
Que será em vão toda a procura.

Haverá algo mais triste que o paralelismo dos trilhos,
Que somente se tocam no espaço infinito?
Que angústia será maior que a do maquinista aflito,
Que corta a escuridão da noite sem brilho?

Ah, melancólica, solitária, triste ferrovia,
Que, ao tempo que junta, também desampara,
Quando do olho a lágrima separa,
E, ao tempo em que enche, também esvazia

2 comentários:

  1. Que lindo! Amei esse!
    Um Feliz Natal pra você e toda a sua família!
    Bjs

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  2. achei genial.. paraste de escrever? tuas postagens são de 2011.. sao belos poemas e merecem ser divulgados!
    grande abraço

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