Deixe-os
Eles passam! Eles gritam, você me olha,
Eles riem! Não, eles não são o inimigo,
Creia, eu sei, tenho certeza do que digo,
Sorrisos assim, a lágrima vem e molha.
Eu sei disso agora, quisera saber antes,
Eu já os olhei nos olhos, no fundo da retina,
O que nos separa é uma estreita e fina,
Realidade, que, porém, nos mantém distantes.
Deixe os rir, que se riam, se riam de nós,
Não é por estarmos certos que nossa voz,
Haverá de prevalecer. Não é sempre assim.
Deixe os rir. E elevar a bruta cantoria!
Enquanto eles berram fazemos poesia,
Eu faço para você, e você faz para mim!
Nenhum comentário:
Postar um comentário