segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Essas Tuas Mãos

Essas Tuas Mãos
As tuas mãos, ai estas mãos tão tuas,
Que perfeitos desenhos, perfeitas formas.
São qual a própria bela jóia que adorna,
As mesmas mãos que não tem jóias: estão nuas.

E tuas unhas, tuas tão lindas delgadas unhas,
Que coroam as pontas dos teus dedos,
E que, se fechados guardavam tantos segredos,
Abertos faziam carícias como eu jamais supunha.

Envolvidas tuas mãos nessa tua pele alva,
A parecerem brancas plumas intocadas,
Amavas-me com estas mãos sem qualquer ressalva.

Fortes mãos de indizível branda doçura,
Mãos de acalanto através da noite escura,
Mãos de amor intenso pelas madrugadas

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