O Amor, esse ilusionista
Como uma planta que nasce nas rachaduras do muro,
Forçando delicadamente as pedras, assim, em dor,
Quis a custo renascer a maldição que chamam amor,
Entre as lápides petrificadas do meu peito escuro.
Saindo como um fugitivo a fugir da masmorra,
Como o condenado que quer sair de sua cela,
Desabrochou inutilmente uma flor preta e amarela,
E convidou-me a amar, novamente, ainda que morra,
Eu cada vez que ame. Já tive o coração de amor aflito,
Mas agora, como um espelho d'águas eu reflito,
A calmaria dos lagos andinos, que descansa as vistas.
Tive o coração aflito, e agora, serenamente breve,
É com esta pena leve que este poema a mão escreve,
Sabendo que o amor é um maldito ilusionista.
Gostei demais!
ResponderExcluirEsse poema me fez refletir sobre sentimentos profundos.
Bjs