sexta-feira, 18 de novembro de 2011

A distância de você

A distância de você

É noite já. E eu a percorrer distâncias imaginárias,
Caminhos, sendas, esquinas, ruas, avenidas,
Cada uma delas meticulosamente percorrida,
Uma, duas, cinco, sete, nove, várias,

Vezes eu chegava até o portão de onde você mora,
E olhava você sorrindo, através das vidraças,
Mas como uma brisa que vem, não fica, e que passa,
Eu olhava, olhava, sorria e ia me embora.

Foi preciso, para ter-te, e te ter de fato,
Que eu entendesse que presença é mais que contato,
Algo que não se encontra nos compêndios da ciência,

Pode ser próximo o que está do outro lado do mundo,
A distância não se mede em quilômetros, horas, segundos,
A distância se mede verdadeiramente em ausências!

Um comentário:

  1. Me identifiquei com esse poema, me disse muito. Muito bom...Como sempre você realiza com perfeição os poemas em que faz.

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