sábado, 12 de novembro de 2011

Esse Poema, Teu Silêncio

Esse Poema, Teu Silêncio

Devo dizer, porque não consigo calar, querida,
Que o teu silêncio pleno e longo me dói, me dói,
E me abate, tanto quanto abate ao herói,
O sangue que não pára de jorrar de sua ferida.

Tenho andando soturno, enfumaçado em mistérios,
Pensando no teu isolamento imenso e total,
Pensando em você plantando flores no quintal,
Do teu tão distante e hermético monastério.

Enquanto plantas flores novas em tua horta,
Não veja esse poema como eu arrombando a porta,
Ou sitiando as muralhas do teu eu encastelado.

Esse poema é apenas de mim uma parcela,
Uma chamado para você para vir à sua janela,
Como faziam antigamente os namorados.


Nenhum comentário:

Postar um comentário